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Sistema pluvial de João Pessoa está sob alerta

Lethícia Monteiro Vieira

 

A gente brincava na beira desse rio, e hoje o que a gente vê é só degradação, empresas despejando dejetos e descaso por parte até da população. 

 

Este é o desabafo de Carlos Pereira, 35. Ele é mais um dos moradores de João Pessoa que convive diariamente com a poluição dos rios, enfrentando o mal cheiro e a propagação de doenças por causa da condição de consumo e utilização das águas. 

 

O Rio Jaguaribe, por exemplo é um dos rios condenados pela impossibilidade de consumo de sua água conforme levantamento realizados pela ONG SOS Mata Atlântica e órgãos ambientais que classificaram como ruim a qualidade da água do rio que banha a capital João Pessoa. Outros rios, como Tambiá e Gramame foram rios que também tiveram classificação como ruim ou impróprio para o consumo. A qualidade da água vem sendo aferida pelo grupo desde o ano de 2015.

 

A aposentada Aparecida Pereira, mãe de Carlos, relembra o período em que se reuniam à beira do Jaguaribe para lavar roupas – a gente lavava roupas, mas a poluição de hoje é bem maior... hoje a população despeja plástico, tem firmas que jogam produção não utilizada dentro do rio aí... 

 

Ela lembra que o rio abastece grande parte da capital e reconhece que o tratamento da água não é suficiente para evitar doenças. Tem gente que bebe a água e passa mal o resto da semana. Nós aqui temos que comprar água em galão por causa do mau cheiro da água quando sai da torneira, nossa situação é essa. 

 

Um dos órgãos que realizam pesquisa acerca da qualidade da água na Paraíba é a AESA -Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba. Ela promove diálogo com setores da sociedade para a erradicação da poluição. 

 

A reportagem tentou contato com a AESA, porém, não obtivemos retorno sobre a situação atual do Rio Jaguaribe.

Fonte: Facebook SOS Rio Jaguaribe PB

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