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Espírito Santo

Lucas Rodrigues

Espírito Santo  

O Estado do Espírito Santo é 23º território mais extensivo do Brasil, sendo composto por 46.077,519 km². Cerca de 3.972.388 pessoas habitam o local, segundo o último registro do IBGE, realizado em julho de 2018. A região é conhecida por excelentes praias e lugares paradisíacos, esse fator faz com que a sua economia seja regida, em grande parte, pelo turismo. Além das mais variadas praias, o Espirito Santo é banhado por cinco rios principais: rio Doce, Itabapoana, Itapemirim, Itaúnas, Jucu e Santa Maria da Vitória.

A crise 

Entretanto, a ausência de água vem afetando o local nos últimos anos. Esse fator tem sido amplamente discutido por vários pesquisadores, a fim de compreender as raízes da seca. Além da intensa estiagem – devido ao clima, os principais afluentes que compõem o local têm passado por problemas específicos. Ao todo, mais de 29 municípios foram afetados, de acordo com a Agência Nacional de Recursos Hídricos. 

Rio Doce 

O Rio Doce faz parte do curso de água da região Sudeste, responsável por banhar os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Sendo a maior bacia hidrográfica da região, é composto por 853 km². Sua história marcada por acontecimentos importantíssimos, como a exploração mineral por sertanistas durante o século XIX. Recentemente, o rio foi alvo da tragédia que aconteceu em Bento Rodrigues, Mariana-MG. O impacto foi resultou no despejo de dezenas de rejeitos no local, ocasionando a morte de várias espécies de peixes e animais que dependiam do rio como fonte de alimento. O evento também causou consequências ao meio social, deixando moradores locais desempregados e desamparados, já que muitos deles utilizavam a pesca como forma de sobrevivência.  

Dois anos após o rompimento da barragem, que acorreu em 2015, a lama continuou causando problemas aos moradores. O rio, que anteriormente era um afluente próspero, se transformou em um lamaçal. 

Itabapoana   

O rio Itabapoana é o segundo maior afluente que constitui o estado do Espírito Santo, tendo seus 43,9 km². A bacia é responsável pelas diversas hidroelétricas instaladas no local, possuindo o maior potencial hidráulico dentre os demais afluentes. 

Nos últimos anos, devido à seca e as próprias ações do homem, o rio tem passado por constantes casos de degradação. Produtores rurais foram os mais afetados com a situação. Em 2015, a Justiça condenou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Performance Centrais Hidrelétricas (PCH/Rio) por não terem apresentado estudos técnicos referentes à instalação de uma hidrelétrica e barragens no distrito de Ponte do Itabapoana, em Mimoso do Sul, Sul do Estado do Espírito Santo. 

Rio Itapemirim  

O rio Itapemirim também faz parte do curso de água que compõe o estado, sendo o resultado da fusão de dois braços. O direito nasce em Muniz Freire, e o esquerdo advém de Ibitirama, na serra do Caparaó, passando ainda pelo afluente rio castelo e desaguando no oceano Atlântico. 

De acordo com o histórico do local, sabe-se que a monocultura de cana-de-açúcar e do café deixaram, após o cultivo de várias décadas, uma sucessão de grandes extensões de solo sob pastagens, localizadas em regiões elevadas que sofrem atualmente com o problema de erosão em vários níveis. Nas encostas com declividade acentuada, a erosão começou a fazer seu trabalho imediatamente após a derrubada e queimada do manto florestal. O complexo solo organo-mineral, que era decorrência da própria floresta, que o mantinha e reciclava, se degradou, sobretudo transportado pelas águas da chuva. 

As terras, carregadas pela erosão, foram assorear as calhas dos córregos e rios, ocasionando problemas de transbordamento, alagamento de margens e mesmo enchentes catastróficas. 

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Imagem: Gazeta Online 

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Imagem: Google imagens

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Imagem: Google imagens

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Imagem: Google imagens

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