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Não somente um curso d’águas, mas também de histórias.

Lucas Assis

Luisa Henriques

Matheus Augusto

  Rio Negro é o maior rio de águas pretas do mundo. São dois mil quilômetros de extensão, passando pelo Brasil, Colômbia e Venezuela. É o segundo maior do mundo em volume de água, atrás apenas do Rio Amazonas.

O Rio leva esse nome por conta de suas águas serem tingidas naturalmente por ácidos liberados nos processos de composição de sedimentos orgânicos.

O Rio Negro proporciona um espetáculo visual. Quando as cores cor de barro do Rio Solimões se misturam com o marrom do Rio Negro, ambos afluem juntos, sem se misturarem, por quase seis quilômetros, até finalmente se misturarem e se tornando o Rio Amazonas. A cor escura do Rio é resultado da decomposição de húmus do solo, que acabam sendo transportados para dentro dele.

O Mirante sobre Águas

A maior ponte fluvial do Brasil - e segunda maior do mundo - está erguida sobre as águas do Rio Negro. São 162 metros de altura e 3,6 km de comprimento. A ponte liga Manaus a Iranduba, e nela, se tem uma incrível vista da bela extensão das águas do rio.

Segundo o professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Fábio Máximo, “o rio por um bom tempo, antes da construção da ponto sobre o rio Negro, a segunda maior ponto pluvial do mundo, era o único meio de ligação entre Manaus, a capital, com muitos municípios próximos. Os rios ainda continuam sendo nossas estradas, pois há poucas estradas que ligam os municípios, e ainda transporta muitos mercadores, nacionais e internacionais”, disse.

Programa Rio Negro.

Para a proteção do rio, existe o Programa Rio Negro, que nasceu após inúmeras parcerias no intuito de “construir uma plataforma de gestão transfronteiriça que visa a melhoria na qualidade de vida, valorização da diversidade socioambiental, segurança alimentar, desenvolvimento de uma economia responsável e produção colaborativa e intercultural de conhecimento da bacia do Rio Negro”, como pode ser visto no site do Instituto Socioambiental.

O professor Fábio possui uma ligação com Rio desde quando o atravessou quando adolescente, como o próprio relata. “O rio me lembra a época em que fui nadador e fiz a travessia Almirante Tamandaré. Engraçado, eu creio que tinha 14 ou 15 anos, mas até então não havia sido apresentado devidamente ao Rio Negro. Como era nadador, participei dois anos consecutivos desta travessia e recordo que me causou estranheza muitas das coisas que vi, pois ali compreendi a imensidão e que nós acabamos sendo criados de costas para os nossos recursos naturais”, relatou.

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Foto: Fábio Máximo

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Foto: Tereza Cidade/Marcos Santos/Amazonas e Mais.

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Foto: Fábio Máximo

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